Como pegar empréstimo rural
As notícias são boas para o produtor rural: para safra 2020/2021 foram liberados R$ 236,3 bilhões destinados para o crédito rural – R$ 13,5 bilhões a mais que a safra passada. Mas, como faço para pegar empréstimo rural?
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Acompanhe a leitura e esclareça suas dúvidas.
Crédito rural: como funciona?
O crédito rural faz parte do Plano Safra e visa o desenvolvimento econômico e social do setor rural. Existe verba para custeio do ciclo produtivo, investimento na propriedade, comercialização ou industrialização de produtos.
Em outras palavras: disponibiliza recursos para custear e investir na lavoura em si, mas também em bens e serviços relacionados. Existe verba até para reforma de moradias rurais.
Os recursos vêm do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e de fundos constitucionais, entre outros.
Para cada ano/safra é feito um novo orçamento e algumas diretrizes são atualizadas. Também, existe mais de uma modalidade de crédito rural.
O que mudou para a safra 2020/2021?
Conforme já dissemos, para safra 2020/2021, o orçamento está maior! São R$ 236,3 bilhões destinados para o crédito rural – R$ 13,5 bilhões a mais que a safra passada.
Esses recursos são destinados para custeio, comercialização, industrialização de produtos e investimentos em bens e serviços na propriedade
Segue abaixo as principais linhas de crédito e algumas novidades desse ano:
Modalidades de crédito rural
O crédito rural pode ser corrente, educativo ou especial.
A modalidade corrente prevê apenas o fornecimento de recursos, sem a prestação de assistência ao produtor.
Já na modalidade educativa, os recursos são fornecidos juntamente com a assistência técnica, seja ela para orientar o produtor ou para elaboração de projetos.
Nos casos relacionados a cooperativas de produtores rurais ou programas de colonização e reforma agrária, a modalidade é a especial.
Dentro de cada modalidade temos algumas finalidades para as quais o crédito pode ser destinado.
Finalidade do crédito rural
São quatro finalidades de uso:
- Custeio agrícola: visa cobrir as despesas do plantio até a colheita.
- Crédito de investimento: visa aquisição de bens ou serviços duradouros, como a aquisição de um maquinário ou construção de benfeitorias.
- Crédito de comercialização: viabiliza a comercialização dos produtos no mercado, cobrindo as despesas próprias dessa fase.
- Industrialização: possibilita a industrialização dos produtos agropecuários, agregando valor aos mesmos.
Pequenos e médios produtores
Os recursos para pequenos produtores, via Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), serão R$ 33 bilhões. A taxa de juros é de 2,75% ao ano para custeio da produção de alimentos básicos e 4% ao ano para comercialização/investimento.
O crédito disponibilizado para construção ou reforma das moradias rurais se manteve o mesmo da safra passada: R$ 500 milhões.
Os juros dependem da natureza do empréstimo e da classe de produtor rural, conforme você pode ver abaixo. De forma geral, os juros foram reduzidos e simplificados para alguns investimentos.
O médio produtor não se enquadra no Pronaf, mas pode se beneficiar do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), cujas verbas aumentaram em 25%, totalizando R$ 33,2 bilhões.
Nesse caso, as taxas de juros são maiores: 5% ao ano para custeio, comercialização e industrialização.
Pequenos e médios produtores podem, ainda, financiar assistência técnica para sua produção.
Como conseguir liberação do crédito rural?
O financiamento pode ser direto, em que o produtor deve fazer a solicitação no site do BNDES. Já o financiamento indireto é feito por meio de um ou mais bancos credenciados, que encaminharão a proposta para o BNDES.
A liberação é feita diretamente ao agricultor ou por meio de cooperativas de produtores rurais e associações. Ocorre de uma só vez ou em parcelas, de acordo com as necessidades e cronograma do empreendimento.
Mas existem algumas exigências a seguir para conseguir a concessão de verba.
Primeiro, não deve ter restrição de crédito, ou seja, é preciso ter o “nome limpo na praça”.
A partir daí, deve-se apresentar um orçamento ou plano de utilização dos recursos que está requerendo. Em outras palavras, precisa informar o banco sobre o que vai fazer com o dinheiro emprestado.
Como são várias linhas de crédito, cada uma tem seu cronograma de utilização. Deve-se obedecer os limites de crédito, prazos e carência de cada uma!
O manual do crédito rural (MCR) prevê que sejam obedecidas as recomendações e restrições dos zoneamentos agroecológico e ecológico-econômico para cada cultura e que sejamos fiscalizados pelo órgão financiador.
E aí, esclareceu todas suas dúvidas de como pegar empréstimo rural? Continue acompanhando nosso blog e fique por dentro do mundo do agronegócio.